Era exatamente o que precisava ser feito. Quando esperamos pacientemente desde as "Diretas jà" pondo fim à "Ditadura Militar", começava uma nova história de esperança, um governo civil assume a presidência do Brasil, um de nós, será?
Até um certo ponto sim. No quesito civil, mas da "elite" tivemos de suportar uma inflação incontrolável, que quase nos acaba. Quando pudemos, de fato, votar, nos decepcionamos e fomos de novo às ruas pelo "impechmam" por tanta corrupção e uma fase defasada do Brasil economicamente.
Essa força do povo deu um basta. Novo presidente, novas idéias, novas esperanças, por que não esperar, criar-se o URV que vira Real, houve quem dissesse que era eleitoreiro, mas era bom esperar. O plano deu certo, com o voto deixamos nosso recado para o processo, da estabilização da moeda, houve corrupções também, mas toleramos em nome da esperança, nós brasileiros gostamos de acreditar, de dar um voto de confiança, mais um mandato, imaginando, agora como a instabilidade da moeda, controle da inflação, é esperar a geração de empregos, melhor poder de compra do salário mínimo e com essa mesma esperança demos mais oito anos pra um civil realmente que poderíamos chamar de "um de nós" teve as mesmas necessidades de nós, colocamos lá, teve progresso, sim, até que melhorou o poder de comprar. mas hoje 24 anos depois sempre elegendo com o voto nossas autoridades executivas e legislativas, paramos e pensamos, o salário mínimo não dá para uma família viver dignamente, as passagens estão caras, a saúde está precária, a educação precisa melhorar, a segurança é falha, há famílias que vivem abaixo da linha da pobreza e nós não podemos aceitar isso.
Ligar a TV e ver "está muito bem, estamos acabando com a fome". Olhamos e não vemos isso, o salta aos nossos olhos são hospitais repletos e uma longa espera para marcação de consulta. Em contrapartida, temos estádios de primeiro mundo. Por isso, voltamos para as ruas, não para badernar, não para cometer vandalismos. O vandalismo está na corrupção como mensalão, na saúde, na educação, na segurança, reagimos diferente com nossas manifestações pacificas, só pra vocês tomarem nota estamos aqui para falar que não concordamos com isto.
Queremos sim a Copa do Mundo, torcer pelo Brasil, somos patriotas, mas também somos humanos. Primeiro, precisamos ser as pessoas e não um banco onde talvez nunca vamos sentar, a exigência quem faz é nós e não a FIFA, ou seja lá quem for. Clamamos por uma saúde melhor, uma educação padrão, onde o filho do pobre possa cursar faculdade sem sair de sua cidade, uma segurança melhor e não uma vitrine, pois uma vitrine a gente só olha. A segurança tem que ser para os brasileiros. Essas manifestações em todo o Brasil são reflexos do descaso com o povo. Esperamos demais, fomos às ruas, mas no próximo ano vamos às urnas. e o que posso dizer é que "AS URNAS VÃO FALAR".
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