"Em busca da costela perdida"

Em Busca da Costela Perdida

Estudo Bíblico do Pastor Walter Bastos
Um velho e acertado ditado traz a seguinte verdade: “antes só do que mal acompanhado”. Por outro lado a solidão também não é nada agradável, pois a Bíblia diz: “Não é bom que o homem esteja só...” (Gn 2.18). Por essa razão Deus criou o casamento, e segundo o registro de Genesis o casamento completa o ser humano (Gn 5.2). Definitivamente não fomos criados para o isolamento, pois Deus nos fez criaturas sociáveis, para vivermos em comunidade. Entretanto, todo homem possui dois tipos de solidão: 1. Vertical: que é a ausência de Deus no coração. Que termina quando abrimos o coração para receber a Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal (Jo 14.23); 2. Horizontal: que é a ausência de alguém que nos corresponda ou complete (Gn 2.18; 5.2; 1Co 7.39). Nascemos, crescemos e um dia precisamos compartilhar a nossa vida com outra pessoa (Ct 2.16), e quando atingimos esta fase da vida somos tomados de algumas preocupações ou inquietações. Quando é a hora de dizer “sim” para o matrimônio? Como se preparar para esse dia? O que de fato significa estar casado do ponto de vista da Palavra de Deus?

COM QUEM DEVO ME CASAR?

Poucos jovens possuem o dom da “continência” ou do celibato, que é citado na Bíblia em 1Co 7.7-9. Paulo aconselha que se o jovem “não se domina” que se case, pois é melhor casar do que viver excitado sexualmente (1Co 7.9). Esse dom é de fato muito raro, pois o plano de Deus consiste em que os homens se casem e se multipliquem (Gn 1.28).

A Bíblia fala de alguns jovens sábios (ex: José, Daniel, Jeremias etc.) e de outros tolos. O que de fato determina se somos ou não sábio, são as escolhas que fazemos na vida. Esaú, por exemplo, fez péssimas escolhas em razão de buscar uma satisfação imediata (do aqui e agora), ou sem se importar com o futuro. Então abriu mão da sua herança (ex: por um prato de lentilhas) e selou o seu futuro casando-se com uma mulher Cananéia ou pagã (Gn 36.2), contrariando seus pais e, sobretudo a Deus (1Rs 11.1, 2; 2Co 6.14).

Está escrito que: “A casa e os bens vêm como herança dos pais, mas do Senhor, a esposa prudente” (Pv 19.14). Quando Deus criou Eva a Bíblia diz que Ele a levou para Adão (Gn 2.22). Isso significa dizer que se o jovem cristão buscar em Deus, sem dúvida irá encontrar a pessoa que vai lhe completar, pois Ele tem o melhor para cada um de nós. Fora da Sua orientação corremos perigo de contrair um mau casamento (Salmo 127.1).

O que fazer para encontrar a “costela perdida”? De fato a “costela” se perdeu na rebeldia de Adão e Eva, quando decidiram agir por conta própria desobedecendo a ordem de Deus de não comer o fruto proibido (Gn 3.3). Isso significa dizer que sem a “revelação” de Deus não conseguiremos acertar (veja um exemplo desse fato em Gn 24.14-27).

De maneira geral podemos dizer que há pelo menos três pontos básicos para não errarmos na hora de escolhermos nosso cônjuge: 1. O testemunho do Espírito Santo (Rm 8.16). Deus quer participar de todas as nossas decisões, e se permitirmos isso dificilmente erraremos. Deus conhece-nos por inteiro (espírito, alma e corpo) e não se prende ao que é aparente, portanto, se orarmos com sinceridade Ele irá nos responder. Uma resposta positiva será acompanhada de paz e alegria (Rm 14.17), mas se persistir a dúvida isso equivale a um não (Rm 14.22, 23).

O segundo ponto é: 2. Alguém com a mesma identidade espiritual (1Co 7.39). Deus quer dar alguém que seja de fato idôneo, adequado, que vai suprir plenamente o que falta, por essa razão, o jovem cristão não pode se prender a um “jugo desigual com um incrédulo (2Co 6.14). No original hebraico o termo “idôneo” (Gn 2.18) traz a idéia de um relacionamento de complementaridade. Isso quer dizer que tudo vai se encaixar perfeitamente.

Por fim, a terceira regra diz o seguinte: 3. Torne-se a pessoa certa (Mt 7.12). Aqui se aplica a famosa regra de ouro do Cristianismo, ou seja, que devemos ser o padrão ou modelo do que buscamos no outro. Se desejarmos casar com alguém que seja espiritual, comprometido com Deus e sua obra, então é isso que devemos procurar ser. Portanto, o casamento feliz, bem ajustado é a combinação de três pontos básicos: o testemunho do Espírito Santo, a obediência ao mandamento bíblico e a manutenção de uma vida que corresponda ao nosso ideal.

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