Café com leite, uma
combinação perfeita, que dá certo. No entanto, só nas mesas de nossas cozinhas.
Porque na política só foi bom para políticos paulistas e mineiros. A chamada
república do café dom leite, São Paulo o forte era o café e Minas Gerais era o Leite.
São Paulo indicava um candidato paulista e era eleito, com apoio de Minas e
vice-versa. Era um sistema de monopólio, que acabou, pelos menos neste
contexto. O monopólio ainda existe, enquanto não houver em sua totalidade
eleitores independentes e conscientes, muitos políticos vão se reeleger quantas
vezes precisarem, depois se aposentam e dão a vaga aos filhos e, assim, a
família sempre terá representação, isso não é renovação, e somos nós que
elegemos a sequencia oligarca. E porque elegemos? Se já sabemos que não
representam os anseios populares? Ás vezes, o eleitor é até consciente da
realidade econômica, da política e moral de seu pais, seu estado e sua cidade,
e sabe quem são realmente candidatos com ideais, mas mesmo assim não vota em
quem desejaria, antes a desculpa era a desinformação, e agora? Que estamos num
mundo globalizado e informatizado? O certo é que o eleitor está algemado, não
vota em quem quer, e sim em quem precisa, é obrigado, por atender um favor, por
atender um parente em hospital, uma negociata outros motivos de força maior,
porque não chamar de república dos favores? O leitor fulano admira e quer votar
no candidato Sicrano, mas vai votar no candidato Beltrano, que já vem de vários
mandatos sem corresponder os anseios populares, mas vota porque tem uma
pendência com este candidato, e assim cada eleitor tem uma justificativa para
votar em quem não quer, ou é uma algema? “ISSO NÃO É BOM PARA NÓS” Nos levar a
crer que a sociedade eleitoral é realmente algemada, porque está bem informado,
conhece e cobra seus direitos, vimos ai uma série de grandes manifestações, mas
o ideal, o principal que é o poder do voto, o eleitor vota no mesmo candidato
que antes protestara, isso só pode ser uma algema. Essas algemas só o eleitor é
quem pode tirar, como? Ignorando o pedido do amigo, do chefe politico, do
apadrinhamento, dos favores ou caso contrário seremos cúmplices nos desmandos
políticos de nossa sociedade. Votar errado e dizer” existe má vontade
politica”, você eleitor está incluso nesta má vontade política, pois não tomou
nenhuma atitude política de mudar, quando teve a oportunidade. Você é mais um.
Mudar é analisar, avaliar, interrogar, ouvir pra depois votar livre e
consciente, sem nada que o prenda. Se não fizermos isso então estamos no mesmo
pacote dos nossos representantes.
Cosme Cardoso, conselheiro tutelar
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