Em entrevista Antonio Cícero destaca o bom resultado da agro floresta e ressalta importante apoio da Prefeitura

A folhasanjoense que já vem acompanhando a forma inovadora de plantio, mais precisamente o sistema agro floresta, que em São João da Serra está sendo gerenciado pelo ambientalista Antonio Cicero. Que vai esclarecer para a população a importância deste novo modelo de plantio.

Folhasanjoense: o que levou a dedicar pela agricultura no sistema agro floresta?
Antonio Cícero: A escassez de alimentos, a desnutrição seguida de morte animal.
Os sistemas inovadores sem agredir o meio ambiente e ajudando a preservar outras espécies é o marco atrativo em aderir a agricultura Sintrópica.

Folhasanjoense: Como funciona o sistema agro floresta em consórcio?
Antonio Cícero: Plantamos algumas culturas para adubação  verde( estratificar o solo) e geração de biomassa, seguidamente, surgem as espécies desejadas, como as frutíferas e madeiras nativas.
Os espaços serão utilizados em rotação de culturas, onde uma espécie gera matéria orgânica para outras.

Folhasanjoense: Como tem sido aceitação por parte dos agricultores?
Antonio Cícero:Estamos iniciando uma fase de transição da agricultura paliativa( tradicional) para a agricultura Sintrópica e os que já fazem parte do nosso sistema, estão satisfeitos com os resultados. Estamos precisando de modelos permanentes para atrair mais agricultores e contar a proliferação de agrotóxicos e propagação de incêndios.

Folhasanjoense: Quais as vantagens da agro floresta? Como o executivo municipal tem visto esse projeto?
Antonio Cícero:As vantagens são inúmeras, bem como a sucessão natural ecológica e a implantação de outras culturas comestíveis nos sistemas. O atual gestor municipal foi o marco inicial para a implantação desse sistema aqui, além do ápio moral e incentivo, patrocinou a vinda dos técnicos Agroflorestal. Ele tanto na condição de gestor quanto no papel de agricultor, sempre nos apoia para a expansão do projeto. A vinda dos técnicos do sertão pernambucano aqui,( Vilmar e Silvanete Lermmen e Ledigina Brito) contou com total ápio da prefeitura para a realização do evento de lançamento do programa Agroflorestal. Contamos também com apoio de agricultores e empresário do município.

Folhasanjoense: Como o senhor ver a maneira tradicional das queimadas? O que precisa mudar?
Antonio Cícero: É uma maneira de destruição acelerada dos ecossistemas, compromete a fauna, flora, rios, riachos...Evitar as queimadas sem atrapalhar os cultivos. Para isso, precisamos plantar árvores!

Folhasanjoense: Como pretende levar esse sistema a todos agricultores?
Antonio Cícero: Temos a formação de um grupo( Mutirão) de voluntários, e com a união, esforços e dedicação dessas pessoas, estamos avançando lentamente na implantação de pequenos sistemas Agroflorestais. É um grupo misto, pessoas de várias culturas e camadas sociais mas que trabalham com afinco e boa vontade. Contamos também com a participação de dois refinados Meliponicultor de outro município mas que se disponibilizou a expandir as Meliponas aqui.
Em momento como uma Pandemia dessas a Agro floresta daria a resposta certa com alimentos.
A adubação verde é feita com a MUVUCA (misturas de sementes) que servirão para fazer as coberturas. Algumas plantas em seu vigor máximo, serão cortadas e deixadas no solo para fixar no nitrogênio, assim, recicla os nutrientes, evita plantas invasoras, erosão e perda de idade no solo.

Ainda sobre agro floresta, Antonio Cícero destacou o importante apoio da Prefeitura de São João da Serra, atendendo sempre nas ocasiões e dando um suporte ao que integram a causa. A ideia é também mudar a forma de se fazer uma roça, extinguindo as queimadas ao tempo que protege o solo e natureza, além de ofertar uma colheita farta, sadia e lucrativa.
Fotos: Antonio Cícero











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